sábado, 20 de maio de 2017





Todos Somatizamos

A medicina Indiana já afirmava, há mais de três mil anos, que o corpo é uma projeção da mente. Várias tradições antigas já apregoavam que a mente controla o corpo e que tudo está ligado a tudo, isto comprova que a ciência busca desde tempos remos uma visão holística do homem. Par o dualismo, durante anos, corpo e alma era um axioma, as doenças eram originadas do próprio corpo e nada tinha a ver com a consciência, quem acreditasse que doenças poderiam ser causadas por influência psicológica era ridicularizado, até surgir Edward Back, o mestre dos florais, foi durante a primeira guerra mundial, nesta época ele observava os pacientes e descobriu que a simples supressão dos sintomas físicos não eram suficientes, e que o corpo era um espelho a refletir o que se passava na mente e no espírito.A noção de que a mente é capaz de afetar o corpo não é recente e vem desde a Grécia antiga, onde Aristóteles, ao contrário de Descartes, já afirmava que mente e corpo reagem um com o outro de forma a criar um equilíbrio. Quando esta homeostase é quebrada surgem os sintomas somáticos. Mudanças na psyche (alma) levam a mudanças na estrutura do corpo e o inverso também ocorre.
Introduzido por Robert Ader, em 1981, o termo psiconeuroimunologia define o estudo da interação entre o corpo e o sistema nervoso central (SNC) e o sistema imunológico, abrindo portas à mudanças de paradigmas no tratamento das doenças. Atuar com vistas ao fortalecimento imunológico através de variáveis psicológicas é o principal agente de combate às doenças, levanta inúmeras possibilidades de tratamento do ser como “um todo”.
Cada sentimento gera uma reação fisiológica que gera um sintoma, o corpo é uma máquina muito complexa, que precisa de um equilíbrio para funcionar corretamente e não apresentar falhas, se os sintomas se acumulam, ou são ignorados, e a pessoa não busca um tratamento adequado, como a psicoterapia, pode ocorrer somatização destes sintomas e resultar em alterações físicas que não podem, muitas vezes, serem comprovadas por meio de exames. Quando o corpo é alvo de diversos sintomas que não são explicados por nenhum tipo de exames que apontem algum desequilíbrio fisiológico que justifique a causa, a alteração é considerada somática. Isto é, os sintomas de fato existem, mas são causados por problemas emocionais.
A psicóloga americana Louise L. Hay, afirma que todas as doenças que temos são criadas por nós, pelo nosso desequilíbrio emocional. Por isso é tão importante tomar cuidado com os próprios sentimentos, principalmente daqueles que escondemos de nós mesmos. Vivenciar fortes emoções, principalmente se conflitivas ou negativas pode fazer surgir em seu organismo alterações físicas inexplicáveis à luz da medicina convencional, por isso a importância de como está nosso equilíbrio emocional, por que às vezes colocamos muita intensidade numa situação simplesmente por estarmos sob o efeito de  outras emoções. O equilíbrio  é fundamental para mantermos nossa saúde como um todo.
Existem muitos sintomas físicos causados pelo descontrole emocional –  no cérebro –  as dificuldades de concentração, de memória, de aprendizagem, são alguns dos problemas causados pela carga emocional excessiva, –  no coração –  a taquicardia é o sintoma mais comum –  o sistema digestivo –  por ser mais sensível as emoções negativas sofre com gastrites e outra patologias, já no –  sistema respiratório – aparece a falta de ar, a dor no peito, na –  pele –  se manifestam as dermatites, as defesas imunológicas quando baixam servem de porta de entrada para a manifestação de herpes, resfriados, aftas entre outras.
Quando as dificuldades enfrentadas são muito intensas ou ocorrem em um curto intervalo, sem que tenhamos tempo para digerir, mesmo os mais equilibrados dificilmente conseguem absorver e elaborar os problemas, e o sofrimento se expressa no corpo de alguma forma, tipo água represada, sempre procura por onde dar vasão. Fatores psicológicos participam do aparecimento e curso de patologias físicas, de qualquer forma somos afetados pelos problemas que a vida nos impõe; se a mente não elabora, o corpo, ou soma, é atingido – daí o termo somatização.  Cuidar do corpo, de forma holística, pressupõem cuidar do espírito, um é reflexo do outro, sofrimento emocional pode sim causar sintomas físicos, por isso a importância de monitorar os nossos pensamentos e sentimentos, portanto cuidado com a qualidade do que você está a pensar.


Iara Fagundes    Butiá, 2017

sexta-feira, 21 de abril de 2017


Meninas com TDAH


Mulheres com transtornos de déficit de atenção e hiperatividades podem passar despercebidas e sofrer por muitos anos sem tratamento.
Todo dia era sempre a mesma coisa, mal começavam as aulas, começava a ansiedade da “tia” que alem de cuidar de seus afazeres precisava localizar o Joãozinho durante as aulas, já que ele naturalmente não se encontrava sentado onde deveria estar, em sua carteira escolar. Certamente ele deveria ter chamado transtorno do déficit de atenção e hiperatividade (TDAH).
Em meio de toda a baderna a professora ficava alheia à menina sentada lá pelo meio da sala olhando tão pensativa pela janela que parecia  não se dar conta da bagunça, não havia porque se preocupar com aquela menina aparentemente tranqüila, o que a  professora não percebia era que por debaixo da cadeira, uns pezinhos balançavam irrequieto na mesma velocidade do pensamentos da sua dona, seu nome só era lembrado na hora da chamada.
Invisível para a professora, ainda que criativa, perderia a autoestima à medida que ganharia peso e hormônios, seu colega diagnosticado precocemente não precisou passar pela mesma  causa de sofrimento. Mulheres com TDAH, podem diferentemente dos homens, passar despercebidas, pois nelas predomina a falta de hiperatividade, tal peculiaridade contribui para o número de homens com transtorno seja maior que das mulheres.
Embora menos frequentemente que na população feminina, garotos com transtorno e sem hiperatividade, sofrem com o transtorno, a desorganização, esquecimento, sensação de abandono, dificuldade de adaptação e de cumprimento de horários, prazos e obrigações e cuidados com os filhos.
Quando não é feito um diagnóstico precocemente, o preço é bastante alto para as mulheres, pois diferentemente dos homens, espera-se que elas sejam, atentas, dedicadas, calmas, organizada  e delicadas nos gestos , em conseqüência, sofrem com reprimendas, antes de chegarem a vida adulta.
Sua falta de habilidade para planejar, administrar tarefas e se concentrar, causa ansiedade e depressão, não só pelas condenações implícitas e explícitas, mas pelo próprio desconforto e prejuízo  que essas características trazem. A medida que vão crescendo, aumenta  a carga de responsabilidades e a exigência das tarefas que devem  cumprir, seja no âmbito acadêmico, seja no profissional.

Dificuldades de manter-se atenta, concentrada e terminar seus afazeres, podem ser agravada pelo grau de responsabilidade crescente, inerente às ocupações de adulto. As mulheres com TDAH passam por dificuldades bem específicas durante seu desenvolvimento. Não é preciso pensar muito para concluir que justamente as características destas mulheres, mais do que das outras, podem fazê-las sofrer desaprovação, por conseqüência é comum que desenvolvam baixa autoestima , afinal desde cedo foram acostumadas a ouvir observações sobre sua falta de modos, desorganização, desleixo e falta de capricho, críticas que as pessoas do sexo masculino normalmente não costumam ouvir, pois as cobranças sociais e culturais são mais acentuadas nesses aspectos.
Para evitar isso, a família e os educadores precisam ter conhecimento do que é o transtorno e como essas meninas devem ser estimuladas e valorizadas. Muitas vezes é importante buscar ajuda especializada para melhorar a capacidade de organização e atenção, tornando sua mente irrequieta mais apta a deixar florescer as vantagens que o “funcionamento TDAH” pode proporcionar.


Meninas com TDAH, Silva Ana Beatriz Barbosa, Mente & Cérebro, Edit. Duetto, pag. 56 a 61, Fev. 2010.
Bases Biológica do Comportamento Hano.
Professor: Paulo Bregolin

Iara A. agundes

Trabalho e Saúde Mental


O trabalho, mais que uma questão de sobrevivência, é uma das mais expressivas manifestações do ser humano, se assemelhando à arte, transformando e sendo por ele transformado.  O homem aprende desde pequeno que fazer algo com um objetivo definido conquista espaço, respeito, consideração  e auto-estima. A percepção com o que ele produz é o que faz descobrir a satisfação de desenvolver uma habilidade e externa-la em um produto.
O trabalho é diferente da simples atividade, deve preencher um porquê, uma finalidade, e um valor, pois é uma forma de expressão do homem é a manifestação de algo interno que se apresenta na concretização do esforço desprendido, expondo crenças, atitudes e valores. Esta máxima é valida tanto para quem está satisfeito, quanto para quem está insatisfeito  com o trabalho.

No decorrer da história o trabalho era só uma questão de sobrevivência, com o tempo veio o surgimento do aspecto individual da produção, à medida que o ser humano se desenvolve e entra em contato com a realidade dos papéis sociais, percebe assim que sua inserção na sociedade está diretamente proporcional ao fator desempenho, no produzir passa ser ao mesmo um prazer e um meio.
Com a  Revolução Industrial e a chegada da tecnologia que veio com o propósito de “humanizar” a vida, coloca o homem numa situação paradoxal, onde a competência é infinitamente  e constantemente testada e os mais fortes impulsos competitivos são estimulados, ficando o trabalhador cada vez mais desconectado da sua produção, pois esta fica diluída no produto final, ficando assim impossível esperar que se mantenha o contato consigo mesmo, como fazia o artesão e o agricultor, na Idade Media.
O fato que a maioria dos trabalhadores hoje não consegue visualizar sentido em seu trabalho, não significa que a simples sobrevivência baste, a qualidade de vida é diretamente atingida e na pior das hipóteses o próprio trabalho tende a ser prejudicado, e a repercussão seja e nível técnico seja em nível inter-pessoal, é inevitável, considerando-se que o espaço que o trabalho ocupa na vida de qualquer ser humano produtivo, é imensamente maior que a de subsistência pura e simples. Agregado de prazer ou desprazer, jamais passa despercebido; ou se torna um fardo ou uma meta maior a ser atingida.
Ao participar apenas à uma parte do processo, o trabalhador perde a emoção da construção pois não consegue imprimir a sua marca pessoal. O trabalho antes criativo e livre, passa a ser repetitivo, com hora marcada para ingressar e sair das fábricas. O novo contexto da força de trabalho exige qualificação cada vez maior, por mais simples que seja a tarefa a executar, o trabalhador precisa ser dinâmico, capaz de trabalhar em equipe, ter raciocínio rápido, seja capaz de solucionar e diagnosticar problemas além de saber lidar com as constantes mudanças, ou seja, um perfil bem diferente do que antes era exigido.
As doenças Oriundas do trabalho, provocam um sofrimento invisível, que mesmo sendo intenso, acaba sendo bem controlado pelas estratégias defensivas, na vã tentativa de que não se transformem em patologia, pois estas descompensações  são detectadas através do absenteísmo, na quedo do rendimento da produção, sendo a punição sistemática e excludente.
O sofrimento mental e a fadiga por serem proibidos de se manifestar têm de ser omitidos, o que só o faz aumentar, pois só a doença é admitida, ficando para o profissional médico a missão de disfarçar este sofrimento com o processo da medicalização, no entanto isto acaba por  desqualificar o sofrimento, no que pode ter de mental. Somente a doença física pode ser reconhecida pela organização do trabalho, enquanto que o sofrimento mental  e a ansiedade não têm o direito de existir.
Para adquirir o status de invalidez se faz necessário que seja uma doença mental caracterizada, o sofrimento mental ao se deparar com tal situação, vai se agravando e a cronicidade   vai se instalando, permitindo que apenas no final de sua evolução seja retirada a máscara da doença mental caracterizada.
Iara Fagundes (Butiá,2014)

A espiritualidade e vivência da morte: Revendo Tabus

Iara Fagundes

        Desde tempos muito remotos o homem tenta entender o processo da morte e as possibilidades de uma vida pós-morte. Ainda hoje muitas pessoas se questionam sobre a possibilidade da existência de uma vida além desse tempo que conhecemos. A religiosidade tem tentado nos dizer que há uma continuidade após a morte e que a vida não termina com a morte do nosso corpo. Frente a essa realidade nos questionamos se a espiritualidade tem contribuído para o enfrentamento da perda de um familiar.
A cultura e a sociedade contemporânea são marcadas pela ambiguidade. Na mesma época, em que temos grandes avanços na área biomédica, que nos fazem crer na possibilidade de uma vida longa, em contra partida, temos encontrado também o mais cruel descaso com a vida humana.
A Tanatologia, a Psicologia da Morte e a Espiritualidade, serão abordadas de forma a possibilitar uma melhor compreensão sobre a sua evolução histórica, descrevendo os estágios do processo de enfrentamento da morte. Para a compreensão dos estágios do luto e as percepções das pessoas que enfrentam a perda de um familiar, busca-se investigar se a espiritualização pode diminuir a dor e ajudar no enfrentamento do processo de luto.
O fascínio que nos provoca o limite entre a vida e morte, emerge agora com renovado interesse, saindo finalmente do âmbito da tradição e dos costumes, para o patamar do saber científico, mas necessitando ainda romper tabus, sendo este um dos motivos pelo qual se busca este tema, por sentir a necessidade de se conhecer mais, e perceber, no dia-a-dia, a dificuldade do ser humano em abordá-lo. Para que isso ocorra se faz necessário que se fale abertamente, sem nenhum tipo de restrição, sobre nossas perdas.

Morte
 Existem vários conceitos sobre morte ao longo da história da humanidade, mas mantém o atributo da irreversibilidade, morte, óbito, passamento, desencarne. Na biologia e na medicina o conceito mais utilizado é o que se refere ao processo irreversível do cessamento das atividades biológicas necessárias a caracterização e manutenção à vida.
A visão sobre o conceito de morte para alguns nada mais é que o fim de tudo, ou seja o nada, mas para os espiritualizados a morte nada mais é que o fim do corpo físico, que algo mais transcende (espírito, alma, energia, etc...), creem que algo mais existe, e que este não morre com o corpo físico, fazem parte deste grupo algumas religiões. Num momento em que várias temáticas consideradas tabus começam a ser encaradas e desfragmentadas no tecido social, a morte assume-se ainda nos nossos dias como um tema que a sociedade continua a ignorar.
O tema da morte não é de forma alguma uma discussão atual. Foram muitos os filósofos, historiadores, sociólogos, biólogos, antropólogos e psicólogos a discutir o assunto no decorrer da História. Isto porque a morte não faz parte de uma categoria específica; é uma questão que atravessa a história, é sobretudo uma questão essencialmente humana (Fischer, 2007).

Fases do processos de morrer
 As fases são os estágios que  a psiquiatra suíça, radicada nos Estados Unidos, Elizabeth Kübler-Ross, definiu após seus estudos com doentes terminais e ao coletar dados importantes por meio de seminários de discussão sobre a experiência de luto e de morte, e acabou sistematizando numa escala de estágios de relação à morte  pelo qual todos passavam e esta escala se tornou bastante popular na psicologia e depois no senso comum. (Fischer, 2007).
Segundo Elisabeth Kübler Ross, o processo de perdas que todas as pessoas que sofrem ou que têm a possibilidade de sofrer (morte de ente querido, diagnóstico de doença, falência, traição, punição criminal, etc.) passam por um processo de luto, para poder elaborar e lidar com essa situação. Ela pesquisou e trabalhou com esse tema e descreveu cinco fases desse processo de luto:
A primeira das fases é a negação. Nessa fase a pessoa nega a existência do problema ou situação. Não quer acreditar nas informações que recebe, tentando racionalizar o processo, tipo “tudo vai se resolver, isso também vai passar...” Ou simplesmente ignorar o problema. Pode também tentar negar, “ Isso não é verdade!”.
A segunda fase  é a da raiva, a revolta projetada para o mundo externo, Deus é o culpado ou os outros, a pessoa sente-se inconformada e vê situação como uma injustiça. Vem o tipo de pensamento: “Por que eu?”,  “Isso não é justo!” .
O terceiro estágio de reação à perda, é a barganha, as pessoas buscam firmar acordos com figuras que segundo suas crenças teriam poder de intervenção sobre a situação de perda, é uma tentativa, de negociar ou adiar os temores diante da situação.
A depressão é o quarto estágio,  um sofrimento profundo ocorre nessa fase, é o momento em que a aceitação está mais próxima, é quando as pessoas ficam quietas, repensando e processando o que a vida fez com elas e o que elas fizeram da vida delas. Não deixa de ser um momento de reflexão, evidentemente, trata-se de uma atitude evolutiva; negar não adiantou agredir e se revoltar também não, fazer barganhas não resolveu. Surge então um sentimento de grande perda.
Aceitação é uma das últimas fases, a pessoa já não experimenta o desespero e não nega sua realidade.  Não há mais depressão ou raiva, mas uma contemplação do fim próximo com um certo grau de tranquila expectativa, e a compreensão de que a vida chegou ao fim. Nem todos os pacientes passam sequencialmente por todas estas fases, Kübler-Ross (2012).
Todas as pessoas que sofrem algum tipo de perda ou que têm a possibilidade de sofrer passam por um processo de luto, para poder elaborar e lidar com essa situação. As pessoas não passam por essas fases de maneira linear, podem estacionar em uma delas, sem ter avanços por longo período ou ainda suplantar todas as fases rapidamente até a aceitação. Não há regra. Kübler-Ross (2012).

Por que falar da morte é tão difícil?
Por a morte ter sido sempre um assunto sagrado nas mais variadas culturas e por esse fator sagrado tudo o que é sacro inspira fascínio e medo, instaurando tabus que são promovidos através de rituais e tradições.  Faz-se estranho o fato de a subjetividade moderna, marcada pelo racionalismo e o universalismo, não tenha conseguido se apropriar da questão da morte, felizmente a excluiu do signo de fracasso dos poderes  humanos. Somente a partir dos anos de 1960, é que os pioneiros da humanização da saúde sentiram a necessidade de repensar o tema da saúde ao dar acolhimento às angústias envolvidas na elaboração dos lutos, ponto este que levou à criação e consolidação do campo da Psicologia da Morte e da Tanatologia, (Fischer,  2007).
Uma vez que a morte e o morrer constituem-se como temas complexos, influenciando todas as dimensões humanas, é importante um debruçar complementar da Psicologia sobre os aspetos e impactos psicológicos da mesma no individuo, uma vez que fenômenos como o luto, a solidão e determinadas doenças, encontram não poucas vezes alguma configuração que sublinha um posicionamento perante a morte e o morrer, uma vez que lhes subjaz de alguma forma uma experiência de perda. Este posicionamento perante a morte e o morrer leva, inevitavelmente, a uma consideração sobre a importância da educação para a morte, (Barros, 1998).
Psicologia da morte e tanatologia
A Psicologia da Morte é uma área de aplicação e de estudos em psicologia voltada para as questões envolvidas na morte como etapa do ciclo vital do desenvolvimento humano e para os processos psíquicos de elaboração dos lutos em nível individual e social, é uma subárea da Tanatologia (SOTAMIG, 2010).
Tanatologia de origem grega que se dá na junção dos radicais  Thanatos  e Logos. Thanatos na mitologia grega era uma entidade masculina, que representava a morte, considerado filho da noite e  irmão do sono, costumeiramente representada com asas, tendo na mão uma foice e uma urna. No dicionário Michaelis significa teoria ou estudo científico sobre a morte, suas causas e fenômenos a ela ligados (Michaelis, 2012)
O objetivo geral da Tanatologia como ciência se encarrega de estudar os processos do morrer, do luto, evidenciando a dicotomia vida e morte, bem como o momento da morte, aborda particularidades do processo de morrer, auxiliar na compreensão do processo de morrer, identificando e avaliando a dor psíquica e as dificuldades impostas pela morte. (Fischer,  2007).
A Tanatologia iniciou-se como um ramo da medicina (tanatologia forense), onde estudava a morte e suas consequências, com o tempo foi se tornando um campo mais interdisciplinar, incluindo outros aspectos além dos métodos e concepções da medicina tradicional. A área teve como um dos seus pioneiros o médico canadense William Osler. Começou a ganhar espaço no Brasil na década de 80, quando começaram a surgir textos e a prática a ganhar adeptos e evidência, derivado do trabalho  da crescente  área da psicologia hospitalar e da saúde. (Fischer,  2007). Hoje a tanatologia estuda a representação da morte no psiquismo humano e as perdas diárias, isto é, as pequenas mortes, para que enfim, o homem entenda o que é chamado de “a perda maior” (SOTAMIG, 2007).

Espiritualidade
A espiritualidade proporciona possibilidades de significação e respostas às perguntas existenciais que se colocam diante da doença e possibilidade de morte. No entanto, ajudar pacientes e familiares a encontrar significados para suas experiências ainda se coloca como um desafio para os profissionais de saúde. Isso se deve, principalmente, porque os profissionais se sentem despreparados para lidar com as crenças religiosas e espirituais dos pacientes e familiares e, além disso, por existirem poucos estudos que abordam este tema na literatura científica. (Bousso, 2011).

Espiritualidade X Religiosidade
Espiritualidade e religiosidade são termos que se confundem nos seus conceitos, havendo ainda muitos debates sobre as suas definições. Segundo Sissy Fontes (2013), expert em espiritualidade e medicina na Unifesp, a espiritualidade é a busca pessoal para entender questões como o sentido da vida e as relações com o sagrado e o transcendente. E isso pode ou não depender de práticas religiosas, salienta que a religiosidade leva em conta seguir uma doutrina e  a frequência com que se reza e se participa de rituais, independente de ser em um templo ou em casa. (Fontes, 2013).
Religião é o sistema organizado de crenças, práticas, ri­tuais e símbolos designados para facilitar o acesso ao sa­grado, ao transcendente (Deus, força maior, verdade su­prema ...), ao passo que a espiritualidade é uma busca pessoal para entender ques­tões relacionadas ao fim da vida, ao seu sentido, sobre as relações com o sagrado ou transcendente que, pode ou não, levar ao desenvolvimento de práticas religiosas ou formações de comunidades religiosas. (Lucchetti, 2010).

Espiritualidade e Neurociências
A ciência já decifrou certos efeitos fisiológicos da espiritualidade, pesquisas nesta área comprovam que pessoas que creem em algo maior tendem a apresentar cargas extra de neurotransmissores que responde pelo bem-estar  e uma visão otimista, por sua vez alavanca a imunidade. Segundo Castro, Jurandy (2014), o sistema imunológico tem potencializada a ação das células de defesa, reduzindo o risco de doenças por diminuição de moléculas inflamatórias, processo que interfere no código genético, desacelerando o processo de encurtamento do telômeros (as extremidades dos cromossomos), que levam ao envelhecimento.  (Sponchiat, Manarine, Ruprecht, 2013).
A relação com o transcendente traz conforto e confiança face ao processo do morrer e também do luto, tanto quanto outras perdas. O efeito antidepressivo  da fé ou espiritualidade, por mudar a visão de mundo e facilitar a busca por equilíbrio nos momentos difíceis se torna objeto de interesse por parte dos cientistas.  O psiquiatra Alexander Moreira-Almeida, (2010) da Universidade Federal de Juiz de Fora, Minas Gerais, comprovou sua tese, estudando dois mil sujeitos numa cidade de São Paulo, segundo ele, a religiosidade pode interferir, entre outras coisas, na ativação de alguns sistemas cerebrais, como os de seretonina e dopamina, neurotransmissores associados ao bem-estar. Em um outro estudo realizado na Columbia, nos Estados Unidos com filhos de pais deprimidos, aos dez anos e depois aos vinte anos, descobriu que os jovens espiritualizados se tornaram adultos mais protegidos contra a tristeza profunda e uma menor probabilidade de desenvolver o problema, num índice dez vezes maior em relação aos não espiritualizados, havendo ainda indícios que a porção frontal do cérebro que reponde pela nossa capacidade de controle, também seja favorecido, (Moreira, 2010)

Fontes

Bousso, Regina Szylit .Rev. esc. enferm. Crenças religiosas, doença e morte: perspectiva da família na experiência de doença. USP vol.45 no.2 São Paulo Apr. 2011

Sponchiat, Diogo. Manarine, Thaís. Ruprecht, Theo.  Revista “Saúde é Vital”  -  Ed. Abril.   p. 26-31, Dezembro 2013
Fischer, Joyce Mara Kolinski. Manual de Tanatologia - Curitiba : Gráfica e Editora Unificado, 2007. crppr.org.br/download/159.pdf‎
Koenig, Harold G. Medicina, religião e saúde: o encontro da ciência e da espiritualidade; Trad. Iuri Abreu. Porto Alegre, RS: L&PM, 2012.
Kübler-Ross, Elizabeth. “Sobre a morte e o morrer”. 9ª edição, 3ª tiragem. Ed. WMF Martins Fontes, São Paulo, 2012. 
Lucchetti ,Giancarlo. Espiritualidade na prática clínica: o que o clínico deve saber? Rev Bras Clin Med 2010;8(2):154-8
MOREIRA-ALMEIDA, Espiritualidade e Saúde. In: Revista de Psiquiatria Clínica. N. 37, ano 2, 2010, p. 41-42.

sábado, 25 de março de 2017


Cognições e Terapia Cognitiva Comportamental

“Somos o que pensamos. Tudo o que somos surge com nossos pensamentos, fazendo o nosso mundo.” Buddha 

 As nossas cognições constituem-se de pensamentos e crenças, mas o que são pensamentos e crenças? Os pensamentos são transitórios e, algumas vezes, conscientes. Todos os dias temos milhares de pensamentos eles influenciam nosso modo de sentir e nos comportar, já as crenças, sobre nós mesmos, os outros e o mundo são suposições estáveis e, quase sempre inconsciente, embora, as vezes, pensemos de forma consciente, questionando se estes pensamentos são racionais ou não. As crenças influenciam o modo de pensar, de sentir e o comportamento, as nossas cognições se formam das várias influências que moldam nossas percepções no decorrer da vida, incluindo as experiências da primeira infância, das pessoas, com as quais nos relacionamos as realizações, as perdas, os fracassos, os sucessos e todas as informações por nós absorvidas de cursos, mídias e jornais, além do temperamento e predisposições inatas. É importante que se saiba que crenças e comportamentos podem ser mudados, modificar as cognições e se sentir muito melhor com as consequências, envolve reconhecer as cognições específicas, que as fazem sentir-se mal, contestar os aspectos irracionais e criarmos meios mais racionais e funcionais de pensar. Há situações em nossas vidas que é perfeitamente normal nos sentirmos tristes, arrependidos, contrariados ou decepcionados, mas a forma de enfrentarmos essas situações ao imaginarmos que as circunstâncias da vida, fatos ou pessoas que não nos fazem sentir bem, o que na verdade são as nossas cognições que determinam como nos sentimos em qualquer situação. Questionarmos as nossas crenças ajuda-nos a sentir emoções mais adequadas, opor-se a pensamentos e crenças desnecessárias constitui o mais importante aspecto da Terapia Cognitiva Comportamental. Aprender a questionar e a mudar as cognições são as chaves para evitar dar vazão a muitas emoções aflitivas. O foco da Terapia Cognitivo Comportamental não é eliminar emoções dolorosas, mas ajudar a reagir de modo adequado às situações conflitivas. Para que possamos ser mais flexíveis devemos prestar mais atenção aos nossos pensamentos, sempre que sentir-se mal por algum motivo ou algum estímulo desagradável, para e preste atenção no que se passou pela sua cabeça no momento anterior, geralmente pensamentos derrotistas ou negativos antecedem nossas emoções. Sempre que tiver dificuldade para identifica-los concentre-se na emoção e pergunte a si mesmo: “ Por que me sinto assim neste momento?” Porém o simples conhecimento de cognições distorcidas não é o suficiente para mudar o modo de pensar, assim que as identifica-las, o passo seguinte é questioná-las e opor-se aos aspectos errôneos do pensamento e identificar meios mais realista e úteis de entender as situações fazendo assim uma reconstrução cognitiva. A reconstrução cognitiva pode ser realizada através de uma técnica criada pelo filósofo grego Sócrates, intitulada de Questionamento Socrático, que se constitui de uma série de perguntas provocativas, que questionam as suposições subjetivas, com o objetivo de expor as cognições a um exame lógico e identificar qualquer evidência que as conteste. No entanto, existem outros tipos de questionamentos, no Questionamento Comportamental você desafia suas cognições, embora os comportamentos sirvam para reforçar cognições desadaptativas, também servem para questioná-las, comportar-se de modo contraditório a certas cognições podem ajudar a descobrir que tais cognições são incorretas ou disfuncionais, isto muitas vezes funciona como experiência comportamental, pois você deliberadamente muda o comportamento e observa as consequências. O Questionamento Comportamental constitui uma das ferramentas mais poderosas de opor-se a crenças negativas, porque você aprende diretamente por meio das experiências pessoais, torna-se uma ferramenta muito útil para desafiar medos irracionais, pois enfrentar diretamente o que tememos, nos ajuda a perceber, em nível mais profundo, que não se trata de nada tão perigoso. Um outro método de questionamento chama-se pensamento dirigido a metas, este consiste na pessoa concentrar-se na natureza auto derrotista das cognições pessoais – reconhecer que a mesma a impede de alcançar a meta que almeja permanecendo concentrada assim nas suas metas. Ao questionarmos nossas cognições você deve se perguntar: “Este pensamento vai me ajudar a ficar bem ou atingir o que almejo”. Há também o Questionamento Lógico que é a técnica de uso mais comum para opor-se as cognições distorcidas, que consiste em identificar os aspectos negativos de nossos pensamentos. O que foi dito anteriormente visa o aprendizado em que você possa reconhecer alguns de seus próprios padrões de pensamentos que criam situações conflitivas e reagir de forma saudável a situações estressantes, o que lhe permitirá adequar-se a todo o tipo de situação, e consequentemente, com mais chance de sentir-se feliz e no controle da situação. E, se aprendermos a pensar de forma mais equilibrada, deixaremos de nos afligir toda vez que surgir um problema, mudar o modo de sentir em relação a tal situação, esse é o foco da Terapia Cognitivo Comportamental (TCC). A TCC é uma forma de intervenção psicoterapêutica que se encarrega da reestruturação cognitiva, uma vez que considera que tais distorções têm efeitos negativos sobre as emoções e o comportamento. 

 Iara A. Fagundes

domingo, 19 de março de 2017


Além da Tristeza
Iara A. Fagundes
Sintomas depressivos, não raro, são definidos por pacientes recorrendo a uma metáfora de uma espessa camada de névoa que envolve e potencializa as dores da existência. Nas próximas décadas a depressão deverá afetar mais pessoas que o câncer ou doenças cardíacas. Pesquisas apontam que entre 30% e 50% das pessoas já preencheram, em algum momento da vida, os critérios diagnósticos do transtorno depressivo maior. Depressão é uma síndrome clínica comum de causa multifatorial. Pode ser desencadeada por problemas psicológicos ou emocionais de origem variada, alterações do funcionamento cerebral - ou de algumas partes do cérebro - e, ainda, ser secundária a enfermidades clínicas, sempre causando algum prejuízo ao indivíduo. É uma doença incapacitante sendo mais prevalente em mulheres, nos homens, a depressão se apresentaria com sintomas não tão característicos, o que dificultaria o diagnóstico. O transtorno depressivo pode surgir em qualquer idade, porém as chances aumentam com o início da puberdade, nas crianças, a depressão clínica afeta uma proporção idêntica de meninos e meninas. As pessoas com um dos pais ou irmãos que tiverem sofrido de depressão maior têm mais probabilidades de vir a sofrer da mesma perturbação. A depressão varia de pessoa para pessoa, mas há alguns sinais e sintomas que são comuns. Os agentes desencadeadores da depressão, situações infelizes, estresse, circunstâncias adversas, problemas profissionais, familiares, momentos de perda, de ruptura, ou seja, trata-se de uma depressão causada fundamentalmente por fatores ambientais considerados agentes externos (depressão exógena), agora quando a causa não está em estressores externos estamos falando da depressão endógena, que é devida a fatores constitucionais, internos, de origem biológica e/ou predisposição hereditária. Trata-se da consequência da falta de certos neurotransmissores no cérebro: dopamina, noradrenalina e principalmente a serotonina e ocitocina, que são hormônios reguladores das emoções, é o conjunto de neurotransmissores que quando produzidos, são responsáveis pela sensação de Felicidade. Há comprovações que a depressão não trás somente desconforto, ela pode ter repercussão mais graves, como a atrofia de regiões específicas do cérebro ( hipocampo – espécie de controle dos processos de aprendizagem e memória) processo que pode ser detido com tratamento adequado. As expectativas são atualmente muito boas, com os métodos de tratamento atuais, e principalmente com os fármacos de ultima geração, o prognóstico é realmente muito bom. A depressão apresenta-se como um elevado fator de risco para o suicídio, quando estes sintomas são esmagadores e incapacitantes, é mais que na hora de procurar ajuda especializada. Alguns sinais e sintomas comuns da depressão são: • Sentimentos de desamparo e desesperança; • Perda de interesse nas atividades diárias; • Alterações no apetite ou no peso; • Alterações do sono; • Irritabilidade ou inquietação; • Perda de energia; • Problemas de concentração; • Perda da libido; • Dores inexplicáveis. Procure por ajuda especializada, não fique remando contra a maré, buscar terapia não é sinal de fraqueza, muito pelo contrário é sinal de garra e vontade de lutar.

domingo, 12 de março de 2017


Agora é pra valer, um ciclo de 36 anos como funcionária da Secretaria Estadual de Saúde se encerra, e um novo ciclo como Psicóloga começa agora, concluindo Formação em Terapia dos Esquemas e Iniciando Especialização em Terapia Cognitivo Comportamental. Atendimento na Av. Farroupilha, 195, bairro Vila Nova - Butiá / fone: 951) 998925253 email: fagundesiara@hotmail.com
Aguardo a sua presença.

sábado, 8 de outubro de 2011

Perigosas ligações

Perigosas ligações
Choros, gritos, gestos descontrolados e outras manifestações dramáticas diante de uma frustração podem ser resultado de imperfeições cerebrais; pesquisadores buscam compreender comportamentos exagerados que destroem relacionamentos e minam a possibilidade de uma vida equilibrada


Pessoas assim são conhecidas em seu círculo social por estragar um almoço informal, contando com detalhes uma longa história sobre a briga homérica com a namorada ou por abusar da atenção de colegas de trabalho, obcecadas com a ideia de que estão para perder o emprego ou precisam de ajuda para conseguir superar as dificuldades de seu dia. Os dramáticos são capazes de “adorar” alguém em um minuto e no momento seguinte odiá-lo com a mesma intensidade, sempre se expressando de maneira exagerada e supervalorizando acontecimentos sem maior relevância.

Morar ou trabalhar com gente com essas características costuma ser uma experiência cansativa e confusa. No ambiente profissional, por exemplo, a labilidade tão pronunciada de humor não só abala a própria produtividade, mas também a dos que estão por perto e, não raro, prejudica indiretamente toda a equipe. Invariavelmente, aqueles que convivem em casa com alguém exageradamente dramático são bombardeados por acusações, seguidas de tentativas nada discretas de desculpas, numa alternância de estados emocionais que podem variar, em poucas horas, da irritação e agressividade à sensação intensa de culpa, seguida de desalento e profunda exaustão, próxima à apatia. Alguns dramáticos se voltam de forma violenta contra quem está por perto, enquanto outros ameaçam cometer suicídio e chegam a ferir-se quando estão muito exaltados. Em geral, o comportamento radical está associado à depressão ou à ansiedade. O que nem todos sabem é que por trás dessas atitudes pode haver um distúrbio, em grande parte atribuído ao sofrimento enfrentado nos primeiros anos de vida.

Sinestesia ajuda a entender processos empáticos

Pessoas que sentem os toques que veem os outros receberem têm maior habilidade em reconhecer emoções ao olhar para fotografias de rostos

Cientistas acreditam que esse tipo de sinestesia seja causado, em parte, pelos neurônios-espelho, que parecem estar associados a um sentido extremamente desenvolvido de empatia emocional. Observar alguém recebendo um toque no rosto, por exemplo, ativaria circuitos neurais similares, que produziriam uma sensação tátil. “Algo que todos sentimos de certa forma, mas de forma muito menos pronunciada”, explica o neurocientista Michael Banissy, um dos autores do estudo, que identificou essa condição em 2005, com base em relatos de alunos da Universidade College

Os 21 Recados de seu Filho

Os 21 Recados de seu Filho


1. Não me estrague. Sei perfeitamente que não devo Ter tudo o que peço. Estou apenas testando você.
2. Não tenha medo de ser firme comigo. Prefiro assim para me sentir mais seguro amanhã.
3. Não me deixe adquirir maus hábitos. Tenho que contar com você para eliminá-los, desde as primeiras vezes.
4. Não me faça sentir menor do que eu sou. Isto só fará com que me comporte como “grande ridículo”.
5. Não me corrija com aspereza diante dos outros. A repreensão será mais proveitosa feita calmamente, em particular.
6. Não me faça sentir que as minhas falhas são pecados. Isto subverte meu senso de valores.
7. Não me proteja das conseqüências. É bom que de vez em quando eu aprenda, sofrendo na própria pele.
8. Não se sinta chocado quando eu digo “Odeio você”. No fundo não é você que eu odeio, é seu poder de me contrariar.
9. Não ligue muito para certas dorzinhas que às vezes me queixo. Quase sempre não passam de um truque para conseguir a atenção que preciso.
10. Não seja ranheta comigo. Do contrário, para me proteger, serei obrigado a parecer surdo as suas reclamações.
11. Não se esqueça de que não sei ainda me exprimir tão bem quanto desejaria. Este o motivo porque nem sempre sou muito exato em minhas explicações.
12. Não faça promessas irrefletidas. Lembre-se que fico tremendamente frustado quando uma promessa não é cumprida.
13. Não tabele muito alto meu grau de honestidade. Isto facilmente me assusta a ponto de me levar a dizer mentiras.
14. Não seja incoerente. Cria em mim uma confusão tal que me faz perder a fé em você.
15. Não diga nunca que meus medos são bobagens. Para mim, eles são terrivelmente reais e você contribuirá muito para me dar segurança se tentar entendê-los.
16. Não me descarte quando eu faço perguntas. Se não eu paro de lhe perguntar as coisas e você vai descobrir que agora busco minhas respostas em outros lugares.
17. Não queira aparecer nunca como perfeito ou infalível. Para mim será um choque forte demais o descobrir que você não é nenhuma das duas coisas.
18. Não pense jamais que cairá do pedestal de sua dignidade perante mim se tiver de me pedir desculpa. Saiba que uma desculpa honesta só faz aumentar surpreendentemente minha cálida atmosfera de intimidade com você.
19. Não se esqueça do quão depressa estou crescendo. Deve ser duro para você acompanhar meu ritmo, mas por favor tente.
20. Não se esqueça de que adoro experimentar. Sem isto não posso ir adiante, portanto colabore nisto.
21. Não se esqueça de que não posso florescer senão com um bocado de amor e compreensão. Mas isto não preciso lhe dizer, preciso???

segunda-feira, 19 de setembro de 2011

A evolução do Sono

A nova teoria sobre o sistema imunológico
Novo estudo mostra que mamíferos que dormem mais têm mais células imunes e poucos parasitas.
Por que dormimos? Uma equipe internacional de pesquisadores recentemente publicou evidências de que sono pode ter evoluído para proteger os animais de doenças. Eles examinaram os padrões de sono de mais de 30 espécies de mamíferos, incluindo ouriços, macacos, focas e elefantes-junto com a força do seu sistema imunitário e os níveis de infecção parasitária. Alguns animais, como girafas, cochilar por apenas algumas horas por dia, outros, como tatus, snooze por 20 horas.
O estudo descobriu que os animais que o sono mais longo tinham seis vezes mais células do sistema imunológico como os que levam sestas curtas. Além disso, critters pegar o menor número z tinha 24 vezes como muitos parasitas como a espécie mais descansado. "Manter o sistema imunológico pode ser a razão do sono evoluiu", diz o pesquisador Brian Preston , um ecologista evolutivo do Instituto Max Planck de Antropologia Evolutiva, na Alemanha.

Abuso de Crianças deixa sua marca no DNA da vítima

Os cérebros de pessoas que foram abusadas quando crianças e depois suicidar-se mostrar as modificações do DNA que os tornavam particularmente sensíveis ao estresse.

Trauma de infância pode deixar uma impressão duradoura e não apenas sobre a psique, mas também no DNA . Esta notícia vem da McGill University e do Banco de Cérebros de Suicidas, uma organização sediada em Quebec que realizou autópsias em vítimas de suicídio que tinham sido abusados ​​quando crianças. Através da placa, os seus cérebros mostraram modificações do DNA que os tornavam particularmente sensíveis ao estresse. Apesar de variações genéticas são herdadas principalmente na concepção, os resultados mostram que os impactos ambientais também podem apresentá-los mais tarde. "A idéia de que mudanças como abuso de função de genes abre uma nova janela para a terapia comportamental e de drogas", diz o líder do estudo e neurocientista Patrick McGowan.
Durante os períodos de adversidade, o cérebro desencadeia liberação de cortisol, um hormônio responsável pela resposta de luta ou fuga. Devido à expressão diferencial de genes associados com o estresse, o cérebro de abuso infantil vítimas tinham níveis mais baixos de receptores de glicocorticóides , McGowan encontrado. Cortisol normalmente se liga a esses receptores, com menos um deles presente, há mais cortisol e menos capacidade de resistência a sentimentos de stress.
Em seu estudo, McGowan revisados ​​prontuários e relatórios da polícia e entrevistou membros da família para determinar se um assunto foi abusada cedo na vida. Ele então examinou tecidos dos sujeitos cérebro e descobriram que, entre aqueles que tinham sido abusados, receptor glicocorticóide-expressão foi reduzida em 40 por cento. "Se pudermos identificar como essas mudanças ocorrem, podemos identificar aqueles com alto risco e, finalmente, encontrar maneiras de tratá-los", diz McGowan.

O Neuroscience Atrás Desejo Sexual

Mas a sexualidade humana ultrapassa e subverte a ideologia. A verdadeira face do desejo revelado pela nossa pesquisa derruba a sabedoria convencional, correção política e ciência contemporânea. Quando olhou para dentro da galáxia de dados sexo Internet foi uma experiência como anéis de
Saturno Galileu observando pela primeira vez: inesperado, surpreendente, bonito. Em Um Bilhão de maus pensamentos , queremos compartilhar esse sentimento de descoberta com você.
Os homens preferem mulheres com excesso de peso para mulheres com baixo peso. Mulheres heterossexuais gostam de histórias sobre dois homens masculinos partilha o seu lado terno e ter relações sexuais.
Pornô com mulheres em seus 40s, 50s, 60s e é popular entre os homens jovens e velhos.
A maioria dos homens são conectados a ser despertado pelo domínio sexual e a maioria das mulheres estão ligados ao ser despertado pela submissão sexual, embora uma grande minoria de homens heterossexuais (ea maioria dos homens gays) preferem o papel sexualmente submisso, e uma pequena minoria das mulheres preferem o papel sexualmente dominante.
Em 1973, Kenneth Gergen conduzido um experimento de psicologia social que perguntou: "O que as pessoas fazem em condições de anonimato extremo?" Homens e mulheres que nunca havia encontrado foram escoltados em um quarto pequeno, menos de móveis que foi breu. O que esses estranhos completamente anônima fazer? No início, eles conversaram, mas conversa logo reduziam a velocidade. Então a tocar começou. Quase 90 por cento dos assuntos abordados alguém de propósito. Mais da metade abraçou alguém. Um terço acabaram se beijando. Quase 80 por cento dos homens e mulheres relataram sentir excitação sexual. A Internet é como um muito, versão muito, muito maior do estudo Gergen. Coloque um bilhão de pessoas anônimas em uma sala praticamente às escuras. Veja o que eles fazem quando seus desejos são lançados. Como dizemos no livro, "Este é o maior experimento do mundo sobre o comportamento humano Da Internet" Estudamos os resultados desta experiência através da análise de dados da internet muito mais comportamentais como poderíamos chegar em nossas mãos: as pesquisas na Web, histórias de pesquisa individuais, pagou pornô assinaturas estatísticas do site, contos eróticos e vídeos, romances digitalizados, online anúncios pessoais, quase 50 mil de sites do mundo adulto mais popular, e muito mais.
Combinamos todos esses dados sexual com achados da neurociência, estudos com animais, psicologia clínica, biologia, danos neurológicos e pesquisa sexual, bem como com as idéias do nosso próprio campo da neurociência computacional, para revelar um novo retrato do desejo humano.
Embora os cérebros masculino e feminino responder às pistas mesmo gosto, o cérebro masculino responde principalmente a estímulos visuais, e o cérebro feminino responde principalmente a estímulos psicológicos.
Um dos principais objetivos do nosso livro foi identificar toda a gama de macho e fêmea sinais sexuais e como eles são processados em nossos cérebros.
Uma coisa que é clara, tanto erotica on-line e pesquisa clínica é que a sexualidade masculina e feminina são bem diferentes, levantando questões sobre se devemos aplicar as normas do sexo masculino de "erótico" para as mulheres. Por exemplo, a forma mais popular de mulheres erotica é o romance. As pistas sexual que tende a provocar excitação em mulheres são principalmente psicológicas, incluindo o status social de um homem, sua confiança, seu desejo e capacidade de proteger sua família, sua disponibilidade emocional, seu compromisso emocional, seu forte desejo sexual por ela, e sua popularidade com as mulheres-todos os outros elementos comuns em histórias românticas e eróticas para as mulheres.
Na verdade, parece que a diversidade sexual humana é na verdade o resultado da divergência significativa do software sexual dos homens e os cérebros das mulheres.
Como homens e mulheres evoluiu para se tornar mais e mais diferentes em sua cognição e desejos sexuais, os circuitos neurais de apoio a estas diferenças se separaram, o que significa que há mais oportunidades para esses circuitos pré-natal para conseguir trocados.
Homossexualidade, bissexualidade, transexualidade, e apenas sobre tudo o resto parecem ser diferentes combinações de macho e fêmea software sexual recebendo transposta. Com relação à homossexualidade, o fato de que homens gays têm pénis maiores (juntamente com uma variedade de outros dados) sugere que os hormônios esteróides pré-natal desempenhar um papel significativo.

A paisagem da pesquisa sexual contemporâneo está arrasada com a guerra ideológica, cavou ao longo de várias linhas de batalha: a biologia versus cultura, conservadores vs liberais, homens contra mulheres. Nos dias de Kinsey, as principais forças opostas pesquisa sexual eram conservadores. Hoje, os conservadores ainda exercem uma influência considerável na arena política, restringindo ou rejeitar fundos de pesquisa para estudar a homossexualidade, transexualismo, e pornografia. Mas no âmbito da investigação académica sexo, as forças ideológicas limitando pesquisa são basicamente liberal.

Seu cérebro sabe muito mais do que você imagina

Your Brain Knows a Lot More Than You Realize

Apenas uma pequena fração do cérebro é dedicada a um comportamento consciente. The rest works feverishly behind the scenes regulating everything from breathing to mate selection. O restante trabalha febrilmente nos bastidores de tudo, desde que regulam a respiração da seleção de parceiros. Na verdade, neurocientista David Eagleman da Baylor College of Medicine afirma que o funcionamento inconsciente do cérebro são tão crucial para o funcionamento diário que a sua influência, muitas vezes supera pensamento consciente. Para provar isso, ele explora pouco conhecidos episódios históricos, a última pesquisa psicológica, e duradoura mistérios médicos, revelando os mecanismos bizarros e, muitas vezes inexplicável subjacente vida diária.
Teoria Eagleman é sintetizado pela confissão no leito de morte do matemático do século 19, James Clerk Maxwell, que desenvolveu equações fundamentais de eletricidade e magnetismo unificador. Maxwell declared that “something within him” had made the discoveries; he actually had no idea how he'd achieved his great insights. Maxwell declarou que "algo dentro dele" tinha feito as descobertas, ele realmente não tinha idéia de como ele tinha conseguido suas percepções grande. É fácil de tomar crédito após uma idéia greves você, mas na verdade, os neurônios em seu cérebro secretamente realizar uma enorme quantidade de trabalho antes de bate a inspiração. The brain, Eagleman argues, runs its show incognito. O cérebro, Eagleman argumenta, executa seu incógnito show. Ou, como Pink Floyd colocá-lo: "Há alguém na minha cabeça, mas não sou eu."

Há um abismo iminente entre o que seu cérebro sabe e que sua mente é capaz de acessar.

"I See"

"I See", disse o cego Com uma Retina Artificial

Para 100 milhões de pessoas em todo o mundo que sofrem de degeneração macular e outras doenças da retina, a vida é uma marcha constante da luz para as trevas. The intricate layers of neurons at the backs of their eyes gradually degrade and lose the ability to snatch photons and translate them into electric signals that are sent to the brain. As camadas de neurônios na intrincada as costas dos seus olhos gradualmente degradam e perdem a capacidade de arrebatar fótons e traduzi-los em sinais elétricos que são enviados ao cérebro. Vision steadily blurs or narrows, and for some, the world fades to black. Visão turva ou diminui de forma constante, e para alguns, o mundo fica preta. Until recently some types of retinal degeneration seemed as inevitable as the wrinkling of skin or the graying of hair—only far more terrifying and debilitating. Até recentemente, alguns tipos de degeneração da retina parecia tão inevitável quanto o enrugamento da pele ou o envelhecimento dos cabelos, só que muito mais aterrorizante e debilitante. But recent studies offer hope that eventually the darkness may be lifted. Mas estudos recentes oferecem esperança de que finalmente a escuridão pode ser levantada. Some scientists are trying to inject signaling molecules into the eye to stimulate light-collecting photoreceptor cells to regrow. Alguns cientistas estão tentando injetar moléculas de sinalização dentro do olho para estimular as células-luz de coleta de fotorreceptor para crescer.
Os cientistas vêm tentando construir próteses visuais desde 1970.
Uma imagem de 60 pixel é muito longe de HDTV, mas qualquer medida de visão restaurada pode fazer uma enorme diferença. Os eletrodos estimulam os neurônios da retina, que enviam sinais secundários pelo nervo óptico até ao cérebro.